quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Aracajú - 5° dia

Esse dia, resolvemos fazer um passeio mais curto, por perto, para pegar uma praia e descansar. Fomos para Pirambu, uma praia ao norte de Aracajú. As praias do norte são mais desertas, tanto que são muito usadas pelas tartarugas marinhas para colocar seus ovos. Em Pirambú tem uma unidade do Projeto Tamar, aliás, a primeira base instalada no Brasil, em 1982. Na base em si não tem muita coisa para se ver. Tem um museuzinho, uns tanques com umas 5 tartarugas adultas, mas o interessante do negócio é ouvir as explicações de algum dos monitores. Não sei se demos sorte, mas o nosso era um estudante de biologia, muito apaixonado pelo projeto e pelas tartaugas e nos passou uma rica narrativa sobre o assunto. E a sorte máxima, eles iam fazer a soltura das tartaruguinhas para o mar naquela tarde, portanto na hora do pôr do sol voltamos à base para assistir e é realmente lindo de se ver!!

Você sabe por que as tartarugas tem que ser colocadas na areia e não soltas diretamente no mar?
 Porque elas, de alguma forma, registram aquela praia e voltam ao mesmo local para pôr seus ovos, e é por isso que, desde o início da preservação das tartarugas marinhas, a cada ano o número de tartarugas pondo seus ovos nas nossas praias só aumenta.

O projeto até parou de marcar as tartaruguinhas antes de soltá-las, eles só marcam as adultas que voltam para pôr os ovos, tamanha a quantidade!! Que bom, né???


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Aracajú - + 4° dia

Ainda tenho mais do quarto dia para contar para vocês!! Esqueci de um fato do quarto dia que vale a pena relatar!! Enquanto estávamos na estrada entre a praia do saco e o ponto onde pegamos a lancha para o mangue-seco, vimos uma duna beirando a pista. Resolvemos parar e subir nela para tirar uma foto, o que acabou se transformando na maior surpresa da viagem!! Isso porque o que parecia apenas um montinho era, na verdade, um mar de areia!! Vejam algumas fotos...

 Isso era o que a gente via da estrada:
E olhem quanta areia ainda tinha para trás... Lindo!



Nesse dia, mais tarde, resolvemos conhecer o bar Cariri. Acho que é o mais famoso de Aracajú. Na frente é um barzinho e no fundo tem uma casa de show onde rola forró quase todo dia! A decoração é fantástica, misturarando todos os elementos típicos do nordeste!



Forrozinho!! O pessoal todo levanta para dançar, bem legal!! A banda pergunta de onde são as pessoas que estão na casa e para, nós, paulistas tocam Falamansa! hehe

 Esse quarto dia foi agitado, hein!!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Roteiro

Oi, pessoal!! De volta aos preparativos para a grande Eurotrip!
Estão me cobrando tanto esse roteiro, então aí vai!!! Isso é mais ou menos o trajeto que pretendemos percorrer nos 26 dias que estaremos com o Motor Home. Na volta coloco o que a gente realmente conseguiu fazer...


Vou listar as cidades que passaremos, são estas que estão marcadas no mapa. Não necessariamente vamos passar muito tempo em cada uma delas, algumas são apenas passagem. Coloquei um asterisco onde pretendemos ficar mais tempo...
1. Hamburgo
2. Berlim *
3. Praga *
4. Pilsen
5. Eichsttät
6. Aalen
7. Füssen
8. Munique *
9. Salzburg
10. Cortina D´Ampezzo
11. Veneza *
12. Verona
13. Milão
14. Lugano
15. Lauterbrunnen *
16. Berna *
17. Besançon
18. Dijon
19. Auxerre
20. Paris *
21. Chantilly
22. Bruxelas *
23. Amsterdã *
24. Hanover
25. Hamburgo
TOTAL: 4300Km

domingo, 16 de outubro de 2011

Aracajú - 4° dia

A Doblô que nós alugamos foi entregue no hotel logo pela manhã. Após o café, saímos com destino a Praia do Saco que já foi eleita uma das 100 mais belas do mundo. Ela fica no município de Estância-SE, bem pertinho de Aracajú, não dá meia hora de carro e o caminho é bem sinalizado com placas, facinho de chegar. Não sei se a expectativa era muita pelo título que a praia tem, mas a praia do Saco me decepcionou um pouco no quesito beleza. Achei ela um tanto normal... Não sei se pelo período de chuvas, mas nem a cor da água era das mais atraentes. Em compensação a cerveja era estupidamente gelada e comemos um camarão alho e óleo que foi considerada a melhor porção da viagem!! O ambiente estava quase deserto, afinal, era uma quarta-feira do mês de maio, uma maravilha...


Daria para passar o dia, mas seguimos a programação e pegamos a lancha que sai da Praia do Saco em Sergipe rumo a Mangue-Seco na Bahia. Mangue-Seco leva esse nome, pois a movimentação das dunas isolou o manguezal, impedindo que a água do mar o abastecesse e por isso, secou. A paisagem de hoje é linda de morrer!! Existem infinitos coqueiros e dunas muito brancas por lá! E o que a gente achou legal é que está praticamente intocado pelo homem. Diferente de outros lugares do nordeste que encheram suas dunas de barraquinhas de comércio, de ski-bunda, etc... Lá continua tudo muito deserto... O "buggueiro" explicou que pouco se constrói em Mangue-Seco, pois o mar está avançando e as dunas foram cobrindo o vilarejo. Os pescadores temem que Mangue-Seco possa sumir do mapa.  Ainda bem que estivemos lá, vale a pena conhecer...






sábado, 1 de outubro de 2011

Aracajú - 3° dia

Nesse dia resolvemos fazer o passeio para os Canyons do Xingó que era, pelo menos naquele momento, o passeio mais badalado, já que o ínico da novela Cordel Encantado havia sido gravado lá e estava no ar a pouco tempo.
A van chegou cedo para nos buscar, pois seriam mais de 200 km até Canindé do São Francisco, cidade onde pegaríamos o catamarã para atravessar o 5° maior Canyon Navegável do Mundo. A viagem foi longa, mas agradável... Conforme fomos entrando no agreste e depois no sertão, o guia foi contando histórias, principalemente sobre o famoso cangaceiro Lampião. No caminho, passamos pelo ponto em que ele foi tocaiado e morto, onde existe hoje um modesto monumento.


Atravessamos muitas pequenas cidades, bastante pobres, até chegar a Canindé do São Francisco em que logo se tem a vista da Hidrelétrica de Xingó. Foi para a construção dessa hidrelétrica que, em 1995, a região foi inundada, formando os canyons, uma paisagem tão maravilhosa que até parece obra da natureza e não do homem.

Embarcados no Catamarã, começamos a navegar pelo Rio São Francisco, em que se veem várias pedras nas quais alguém muito criativo conseguiu enxergar formas e deu nomes como pedra da Águia e pedra do Japonês. Veja se você enxerga, eu ainda estou tentando!


Finalmente chegamos aos Canyons! A empresa de turismo faz um suspense, coloca a música Carruagens de Fogo para tocar bem na hora em que adentramos os Canyons, tornando o momento mágico e até emocionante! Depois vamos navegamos entre aquelas rochas imensas pelas águas muito verdes e ouvindo músicas bem brasileiras. É demais!! Até chegar a Gruta do Talhado onde há a parada para mergulho, o que para mim é o ponto alto do passeio! Tomar banho no "Velho Chico" é uma benção!! Você se sente renovado e verdadeiramente abençoado!


Marido e eu.

Por 3 reais os canoeiros te levam nesse barquinho (se a canoa não virar ole, ole, olá!) para dentro da Gruta do Talhado.

Fonte: Folha Sertaneja Online

Na volta, pegamos chuva no sertão!
Novamente em solo firme, quem optou por passeio com almoço, pára para comer no Restaurante Karrancas. Nosso grupo optou por almoçar em um restaurante da estrada, indicado pelo nosso guia, chamado Sabor do Sertão. Um lugar simples, mas muito limpo. Comida gostosa e bem caseira, o próprio dono cultiva grande parte dos ingredientes. Foi a primeira vez que eu comi uma quiabada gostosa na minha vida! Até hoje tenho vontade de comer de novo! A tilápia também estava ótima. Meu pai chegou a afirmar que foi onde ele comeu melhor em toda a viagem e o preço era bem menor que o Karrancas.
Chegamos em Aracajú já estava noite! Hora do descanso...

sábado, 24 de setembro de 2011

Aracajú - 2° dia

Para o nosso segundo dia em Aracajú resolvemos conhecer a orla de Atalaia, o Oceanário, o Museu Palácio Olimpio Campos e o Mercado de Artesanato. Como estávamos a 5 km da Orla de Atalaia resolvemos tomar um ônibus de linha, havia um ponto bem na frente do Hotel. Esperamos uns 40 min!! E o ônibus estava bem cheio, mas uns 15 minutos depois já descemos na Passarela do Caranguejo que são vários barzinhos um ao lado do outro (uma referência a Passarela do Álcool de Porto Seguro) e termina no início da Orla. Antes de iniciar o passeio, fomos até uma locadora de veículos que havia ali, e reservamos uma Doblô 7 lugares para dali 2 dias, já que naquele dia íamos ficar por Aracajú mesmo e no dia seguinte iríamos conhecer os Cânions do Xingó, mas de passeio contratado, pois achamos muito longe 300km para ir dirigindo, sem conecer nada a região, sem GPS. Tudo combinado quanto ao carro, voltamos para a Orla. Já havímos lido que essa era uma das Orlas mais bonitas e bem estruturadas do nordeste brasileiro e é realmente muito legal. São 6km de calçadão com quadras, playground, artesanato, restaurantes. Algumas fotos de lá:

O Símbolo da Orla de Atalaia

Tiradentes, Dom Pedro II, Barão do Rio Branco, Princesa Isabel, Getulio Vargas, José Bonifácio e Duque de Caxias. As estátuas são em tamanho real, muito legal.

Minha Mãe!

Mais ou menos no meio do dia chegamos ao Oceanário que fica no meio da Orla. Achei meio fraco, alguns peixes, tubarões, e muita explicação, mas nenhuma tartaruga de verdade, não é tão legal quanto o de Ubatuba que tem até pinguins. De qualquer forma, o dinheiro dos ingressos e da lojinha é revertida para o Projeto TAMAR, que cuida das tartarugas marinhas, então vale a pena conhecer e assim, ajudar. A lojinha é bem legal, tem desde bichinhos de pelúcia até roupas de ginástica, passando por todos os modelos de camisetas. Um pouco depois do Oceanário tem o Centro de Arte e Cultura que tem uma exposição de artesanato e percebemos depois, que o melhor do artesanato de Aracajú estava ali, principalmente as esculturas originais do Pezão, um famoso escultor local que faz bonecos sertanejos de barro, sempre com os pés bem grandes, são lindos! 
Almoçamos ali na Orla mesmo e depois resolvemos tomar outro ônibus de linha para ir até o centro de Aracajú que fica mais afastado da praia. Outra vez esperamos uns 40 minutos e novamente o ônibus estava lotado! Descemos perto do Mercado do Artesanato, mas só para constatar que o que havia de mais bonito estava mesmo lá na Orla, no tal Centro de Cultura. Vale conhecer o mercado, quem quiser comprar lembrancinhas para amigos, por exemplo e quer gastar menos. Lá você encontra réplicas das esculturas do Pezão e todas aquelas bugigangas que a mulherada adora nas feirinhas de praia.
E por fim, andamos até o Palácio Olímpio Campos que, para quem gosta de história, é imperdível! Eles disponibilizam guias o tempo todo e de graça. No primeiro piso, que era a sede administrativa do Governo do Sergipe, você conhece todo o histórico político de Aracajú, inclusive a discórdia entre o senador Fausto Cardoso e o governador Olimpio Campos, que acabaram ambos assassinados. E no segundo piso, que foi a residência dos Governadores do Sergipe até 1995, eles restauraram muitas mobílias e a decoração antiga do palácio. É muito bonito.
Depois disso tudo, pegamos nosso último ônibus de linha (Graças a Deus! Definitivamente o sistema de transporte coletivo de Aracajú deixa a desejar! Nos três horários diferentes que usamos, andamos em pé, porque os veículos estavam cheios e sempre com pelo menos, 30 minutos de espera). Ainda deu tempo de dar uma relaxada na piscina, comer alguma coisa no Hotel mesmo e cama, pois no dia seguinte a van chegaria cedo para nos levar para os Canions do Xingó! Uffaaaa...

sábado, 17 de setembro de 2011

Aracajú - 1° dia

Vou dar uma pausa nos preparativos da nossa viagem a Europa para contar um pouco da nossa viagem de férias desse ano que foi para Aracajú-SE. Escolhemos esse destino depois de ver algumas fotos dos Cânions do Xingó e ficarmos simplesmente boquiabertos. Fomos em maio/2011, em 07 pessoas. Chegamos ao aeroporto de Aracaju, sem atrasos, num tranquilo voo TAM com conexão em Salvador. Segundo o agente de viagens, esse é um destino "fora de mão" para voos partindo de SP e invariavelmente têm escala ou conexão. De lá para o hotel pegamos um taxi que não era da cooperativa indicada dentro do aeroporto, você precisa atravessar a rua para pegar um desses, mas com isso, consegue economizar um pouco.
Ficamos no Aruanã Eco Praia Hotel, localizado na praia de Aruanã, há mais ou menos 5 Km da Praia do Atalaia, onde fica a muito bem urbanizada Orla de Atalaia.
Adoramos o Hotel! Acho que é o único hotel de Aracajú que não é um prédio com cara de Hotel de centro de cidade! Ele é cheio de coqueiros e os quartos são divididos em vários blocos, parecendo chalés. O café da manhã é maravilhoso! Mesmo sem estar com uma grande lotação, já que estávamos na baixa temporada, sempre ofereceram um café da manhã bem diversificado. O serviço de quarto foi impecável todos os dias. Sua única desvantagem é o fato de estar um pouco mais afastado da Orla de Atalaia e da Passarela do Caranguejo. O Hotel oferece traslado em três horários na parte da noite: um para a Orla/Passarela, e dois para os dois maiores shoppings de Aracaju. Durante o dia, tem que usar ônibus de linha mesmo que não é lá grande coisa, vou contar essa parte no próximo post. Algumas fotos do hotel (depois coloco mais, que estão em outro pc):



Olha que fofo, na sacada do quarto! Os funcionários do hotel até alertavam que eles roubavam comida dos quartos se a janela ficasse aberta...

Cada um foi para o seu quarto, recebemos nossas bagagens, e depois saímos para comer alguma coisa na praia. Ao pisar na praia fomos atacados por borrachudos muito insistentes que não saíam da perna só com uma espantada, tinha que ser um belo tapa! Passamos rapidamente um repelente e nos livramos deles definitivamente. Em toda a viagem não vimos mais nenhunzinho, mesmo sem repelente! Acho que eles só estavam nos dando as boas-vindas. O que percebemos já nessa primeira refeição na praia foi que a comida por lá não era tão barata quanto diziam. Minha irmã que tinha ido para Fortaleza no ano anterior, disse que pagava muito menos para comer por lá. Essa valorização pode ter acontecido por estarmos lá justamente no momento em que a novela da Globo, Cordel Encantado, que foi gravada lá nos Cânions do Xingó, tinha ido ao ar (só ficamos sabendo disso quando estávamos lá).
Bom, da praia de Aruanã, estendendo para as outras praias de Aracajú, posso dizer que não são paradisíacas em suas paisagens naturais; o mar não tem cores exuberantes e areias brancas, mas são praias limpas, com ótima estrutura turística e muito agradáveis para descansar.
O primeiro dia acabou com um bom descanso no ótimo quarto do hotel com ar condicionado, cama king e chuveiro gostoso.